segunda-feira, 10 de maio de 2010

Montevideo












Conheci o Uruguai quando tinha uns 17 anos e estive em Punta uns 13 anos atrás. Mas a Montevideo só retornei este ano, em janeiro, aproveitando um resto de milhagem que ia vencer. Fomos com um casal de amigos queridos, a Bia e o Zédú.

Foi uma viagem agradável, e o tempo ajudou – havia previsão de tempestade e tufão -pegamos até um pouco de sol e a chuva forte só caiu quando já estávamos embarcando de volta.

Era o fim de semana do desfile de Carnaval deles, chamado Llamadas (mais parecido com blocos do que com escolas de samba). Eles todos animados, dizendo que é o melhor carnaval do mundo, melhor até que o do Rio.

Montevideo é uma cidade agradável, ampla, com bonitos parques, praças, palácios, igrejas, calçadões, e apesar da praia feia, o beira-mar é bem gostoso. Mas é uma cidade que parece parada no tempo; já teve o seu auge, mas hoje tem um ar decadente – nenhuma construção nova, ruas sem placas e carros muito velhos.

Resumindo: é pobre, mas é civilizada.

A zona portuária, como em outras cidades, é renovada e adaptada aos turistas, com mercado, barraquinhas, artesanato, restaurantes; o porto é parada constante de transatlânticos lotados de turistas (na maior parte, brasileiros).

Comemos muita carne e batata frita, tomamos muita cerveja (Pilsen, Norteña e Patrícia) – só de lembrar, acho que vou fazer regime amanhã!!

O serviço social e de saúde deles funciona muito bem, como pudemos comprovar devido a uma crise renal do Zédú - o hotel chamou médico e enfermeiros que fizeram duas visitas, aplicaram remédios e não cobraram nada.

O mais curioso – e estranhíssimo – é o hábito deles de tomar chimarrão. Sei, sabemos que o gaúcho também adora e não fica sem. Mas o problema é que eles, além da cuia do mate, carregam uma garrafa térmica com água quente para renovar o chá. Ou seja, a cuia numa mão, a garrafa na outra (ou debaixo do braço). E carregam o tempo todo, prá cima e prá baixo, e prá todos os lugares: na mesa do café, almoço ou jantar, na rua, na praia, no shopping. E todo tipo de pessoas: velhos, jovens e mulheres. E em todas as situações: conversando, passeando e até namorando - beija, dá uma chupadinha (no chimarrão), beija de novo, outra chupadinha (de novo no chimarrão)!!!

Coisa mais esquisita!!!

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