sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Costa linda e tempo feio













Alugamos um carro e saímos na 4ª feira passada em direção ao sul, para rever (ou ver novas) as praias da Costa Vicentina (do Alentejo). São praias lindíssimas e pouco frequentadas porque além de estarem em zonas de proteção ambiental, suas águas são geladas – os complexos turísticos estão no Algarve (sul de Portugal), onde as águas são quentes, ajudadas pelas correntes do Golfo do México, que não se lembrou de incluir a costa oeste do país.
Mas, incomum para essa época, havia previsão de chuva para todos os dias, começando já na 4ªf em Lisboa e descendo para o sul. Mudamos os planos e fomos direto pro Algarve onde, não sendo mais temporada, e evitando-se grandes cidades (Faro, Portimão e Lagos), podia-se curtir ainda cidades gostosas e tempo bom. Ficamos uma noite em Olhão e outra em Alvor, pautando nossa viagem pelo céu, indo atrás de onde estivesse claro e fugindo de nuvens escuras. Vimos muitas praias bonitas, enormes condomínios de ingleses aposentados e comemos ótimos peixes em restaurantes pequenos, caseiros e baratos.
Na 6ª, como tínhamos que voltar, começamos a subir a costa do Alentejo e ainda aproveitamos uma boa parte do dia, vendo praias pequenas, com falésias e pedras coloridas, seguindo o caminho pela estradinha junto à costa, antes que a chuva finalmente nos alcançasse e nos seguisse o resto da viagem de volta.
Sabíamos que tinha chovido bastante e que Lisboa tinha tido sérios alagamentos, mas não imaginávamos o temporal que ia cair à noite. Vento forte e maré alta fizeram um estrago enorme no Paredão, o caminho de 3km que bordeja a costa, indo de Cascais até São João do Estoril.
O mar avançou pelo caminho, arrancando as beiradas de pedra, os pisos, as grades de metal, vergou bancos, arrancou portas de aço dos banheiros, destruindo vasos e pias, invadiu bares e restaurantes, e deixou quilos de areia na pista, além de cobrir ou quebrar acessos às praias. A prefeitura já limpou o espaço e retirou o entulho, mas ainda tem que consertar os estragos. Ainda bem que era o último dia da exposição de esculturas (http://www.cascaisatlantico.org), pois muitas obras foram destruídas.
Mas o Paredão já está voltando ao normal e o sol, brilhando de novo.

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