sexta-feira, 18 de novembro de 2011

The High Line

Já estive várias vezes em NY, mas a última vez foi há mais de 5 anos. Fui no começo de julho, para o casamento do filho da Solange, amiga querida!!
Nova York é uma cidade gostosa e fácil de andar e, não importa quantas vezes você a visite, vai sempre se encantar e percorrê-la de cabo a rabo, vai visitar os mesmos lugares e até passar pelos pontos turísticos óbvios (Central Park, Empire State Building, Times Square, etc.).
Só que, desta vez, eu tinha algo novo para conhecer: The High Line Park

Localizado nolower west side” de Manhattan entre a 10ª e 11ª Avenidas, o High Line é uma antiga ferrovia elevada, convertida num parque urbano. Com 1.6 km vai da Gansevoort Street (pouco abaixo da 12th) até a 30th (com proposta de ir até 34th Street).
De um lado vê-se o Meatpacking District (epicentro de atividades culturais e artísticas, vida noturna, restaurantes e música) e o Hudson River, e, do outro, a cidade inteira. São imagens inesperadas de uma cidade normalmente olhada de baixo para cima.




O parque é repleto de jardins com variadas espécies de plantas e flores, espelhos de água, cadeiras e arquibancadas para tomar sol, fazer pic-nic e apreciar a paisagem, bares e restaurantes. Um verdadeiro Jardim Suspenso no meio da cidade!!



Vamos a um pouquinho de história:
Em 1847 foram colocados trilhos nas ruas do maior distrito industrial de Manhattan para a passagem de trens de carga, mas, apesar da sinalização com homens a cavalo com bandeiras, foram muitos os acidentes ocorridos, e a 10th Avenida ficou conhecida como “Avenida da Morte”. Para interromper isso, foi feito um acordo, em 1929, para a construção de uma ferrovia elevada (High Line). Inaugurada em 1934, foi desenhada para passar no meio dos quarteirões, conectando fábricas e armazéns, permitindo que os produtos pudessem ser transportados sem atrapalhar o trânsito nas ruas.

O crescimento do transporte rodoviário nos anos 50 fez cair a utilização da ferrovia e o ultimo trem circulou na linha em 1980.
Na metade dos anos 80 surgiu um lobby pela demolição da estrutura (a ferrovia estava em total abandono), mas não teve sucesso. Em 1999 os vizinhos da High Line começaram uma campanha para sua preservação e utilização como espaço público aberto – o projeto foi angariando patrocinadores, até que, em 2002, ganhou o suporte da prefeitura e a construção do parque começou em 2006.

A parte sul do parque (até 20th Street) foi inaugurada em Jun09 e a central (até a 30th Street) em Jun11.

(se quiser saber mais, vá para www.thehighline.org)

Munique

Munique é uma festa!!!
Terceira cidade da Alemanha (atrás de Berlim e Hamburgo), é a capital da Baviera, a região mais descontraída do país. Basta dizer que é a cidade onde nasceu a Oktoberfest!!!

Nossa ideia era ir a Berlim (ficou prá depois), mas decidimos por Munique e não nos arrependemos. Quase fim de verão, todo mundo na rua, lotando bares e restaurantes!!! Bebendo muita cerveja!!! Comendo muito bratwurst (salsicha frita)!!!
As pessoas são muito simpáticas e gentis e mesmo os que só falam alemão se esforçam para entender os turistas – mas a cidade só tem informações em alemão – nenhuma plaquinha em inglês. Na hora de escolher o tipo de cerveja não havia problema: era só apontar, e a que viesse era ótima!!

Além da cerveja e das wursts (de todos os tipos e tamanhos, mas todos ótimos) Munique tem outras coisas para serem apreciadas: seu centro histórico, prédios, museus, teatros, praças, pinacotecas, palácios – no centro, várias ruas só para pedestres concentram lojas e restaurantes, culminando na Marienplatz, o coração de Munique, com a Antiga e a Nova  Prefeitura (Neues Rathaus), grande palácio em estilo neogótico, com restaurantes no seu jardim interno e o famoso relógio com carrilhão, que atrai turistas.

Vale lembrar que metade de Munique foi destruída na guerra, e vários monumentos, prédios e igrejas foram totalmente reconstruídos, como a imponente Catedral  St Michel (todos exibem fotos de como eram, e no pós-guerra).
Os artistas de rua são bem interessantes – a maior parte é de músicos (nada de malabaristas e palhaços), e tocam música clássica!! Vimos até um quarteto que cada noite estava num canto da cidade, formado por violino, flauta, violoncelo e – acreditem – piano de cauda!!!
Na minha infância, no Carnaval, uma das fantasias preferidas era a de tirolês (o nome vem do Tirol na Áustria, mas o traje também é usado na vizinha Baviera) – calça curta de couro com suspensório, camisa branca, polainas e chapéus com penacho para homens e vestido preto com camisa branca de mangas bufantes, e aventais coloridos e bordados para as mulheres. Vocês acreditam que muitos se vestem assim para sair na rua???? Sem ser dia de festa, ou de carnaval, ou de quermesse, ou de baile à fantasia??? Pois eles saem, e orgulhosos dos seus trajes!!  (inclusive são várias as lojas que, além das roupas “normais”, vendem os trajes típicos). Bom, as baianas na Bahia também vendem acarajé vestidas de baianas!!!


Cortando Munique, o rio Isar (afluente do Danubio) faz parte da vida da cidade. Tem partes canalizadas, que formam “praias” rasas, onde o pessoal toma sol e aproveita o verão.


No fim de semana que lá estivemos, havia o Festival do Rio Isar (uma pequena prévia da Oktoberfest), com muitos shows e barraquinhas de cerveja e bratwurst (vocês repararam quantas vezes falei de cerveja e wurst nessas poucas linhas????)
Margeando o rio, existe o parque Englischer Garten, muito grande e bem cuidado, com atividades para todos os gostos: de jogos infantis a pistas de corrida, ciclovias e grandes gramados, além dos canais do rio Isar, que recortam todo o parque. E, como quem não tem cão, caça com gato, eles fazem surf no rio, adaptado para tal (veja vídeo).




domingo, 13 de novembro de 2011

Lyon









Lyon é a terceira cidade mais populosa da França (atrás de Paris e Marseille) e é dominada por duas colinas: Fourvière (onde a cidade foi fundada e onde se encontra a Basílica de Notre Dame de Fourviere) e Croix Rousse. No meio das duas colinas passa o rio Saône, mas a cidade ainda é cortada pelo Rhône, ou seja, duplo encanto em dois beira-rio, com pontes e prédios antigos para serem apreciados. A cidade é muito graciosa e vale a pena passear por suas praças e ruelas, lojas e restaurantes e provar os pães e croissants das boulangeries.
Em Lyon foi construído o primeiro funicular do mundo (1862) e a sua Place Bellecour é uma das maiores praças para pedestres da Europa.
Lyon se auto-denomina  a capital gastronómica do mundo (modéstia pouca é bobagem!!) e é a cidade natal de Paul Bocuse, renomado “chef” francês -  o mercado municipal da cidade (Les Halles Paul Bocuse) tem seu nome e é onde ele pode ser visto a fazer suas compras de domingo – são 60 lojas que vendem  queijos, pães, verduras, legumes e frutas, vinhos, ostras, trufas, peixe, carne, caviar, doces e chocolates e várias delas possuem restaurante anexo, onde você pode saborear as especialidades da casa – é de enlouquecer vista, olfato e paladar (nenhuma queixa quanto à modéstia deles!!!).

Toulouse








Uma das maiores cidades da França, Toulouse situa-se no sul do país, não muito longe da fronteira espanhola, e, por isso, tem uma grande influência catalã (todos os nomes das ruas são escritos nas duas línguas), e realiza, até, um Festival de Flamenco.
Cortada pelo rio Garonne, a cidade possui passeios arborizados ao longo do beira-rio, e várias pontes (St Pierre, Neuf, St Michel) belíssimas. A partir de Toulouse, e utilizando o Garonne, foi construído, no século XVII, o Canal du Midi, com 240 km até o Mar Mediterrâneo, fazendo, assim, a ligação Mediterrâneo / Oceano Atlântico, onde o rio desemboca. Esse canal artificial, o mais antigo da Europa ainda em funcionamento, foi projetado para transportar mercadorias, evitando a navegação em águas abertas (o Estreito de Gibraltar e o contorno da Península Ibérica). Em 1996 foi classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e, hoje em dia, tem função exclusivamente turística.
As principais praças da cidade são Wilson e Capitólio, cercadas de restaurantes e bares, onde pode-se comer o prato típico da região - crepe com cidra (pro meu gosto, mas vale um copo de vinho rose da região ou uma caneca de boa cerveja).
Os pontos principais de visitação são a Basílica de Saint Sernin (a maior igreja românica do mundo) e a catedral de St Etienne. Mas o gostoso mesmo é perambular pelas ruas e curtir esta cidade encantadora e cultural.