segunda-feira, 14 de junho de 2010

Valencia














Continuando nossa saga espanhola, no começo do mês fomos a Valencia e ficamos apaixonados. Valencia é linda – o centro histórico é gracioso, muitos monumentos e construções belíssimas (catedral, mercado, estação de trem maravilhosa, com azulejos, mosaicos e vitrais). A cidade é bem servida de transporte público (ônibus, metrô e tram) e tem uma grande ciclovia. Nosso hotel ficava num bairro novo, perto do Palácio dos Congressos, avenida larga, arborizada e florida, cheio de prédios novos, residenciais e de escritórios, além de vários hotéis. Valencia tem também uma grande e bonita Cidade Universitária.

O ponto alto da cidade é o antigo leito do rio Turia, hoje seco e transformado em parque; corta a cidade e a enche de verde. Este rio foi desviado depois de grande inundação em 1957 que vitimou uma centena de pessoas e alagou a cidade. Tem quase 10 km e é atravessado por mais de 15 pontes, algumas do XVI (veja o site http://www.culturia.org).

Além de espaço para crianças, os Jardins do Turia tem pista de corrida, caminhada e de bicicleta, quadras de esportes, salas de exposições, auditórios abertos e, às suas margens, museus (Museu de Belas Artes) e centros culturais, o Palácio da Música e a Cidade das Artes e Ciências, inaugurada em 98 – moderno e belíssimo complexo arquitetônico, dedicado à divulgação científica e cultural, composta por 5 elementos principais: o Hemisfèric (planetário), o Umbracle (jardins com plantas selvagens ), o Museu das Ciências Príncipe Felipe (centro de ciências interativo), o Oceanográfic (aquário) e o Palácio das Artes Rainha Sofia (programação de ópera).

É claro, tem também a área do porto, com construções mais antigas e características e a praia, com hotéis e restaurantes, onde se pode comer a famosa paella valenciana - com vista para o mar.

Em Valencia, todas as placas são escritas em 2 línguas: o espanhol e o valenciano (que, muitas vezes, lembra o francês). Exemplos: Dejen sslir / Deixeu eixir ou Salida de socorro / Eixida de socors.

Pontos negativos: tem muito mosquito – e nem era ainda alto verão – uma amiga que morou lá disse que tem muita barata (ainda bem que não vi nenhuma).

Outro ponto é o famoso horário deles, que não combina com o nosso – cuidado para não perder a hora do almoço (fecham tudo para a siesta) e não invente de jantar cedo, porque 20/20:30hs eles começam a arrumar as mesas para o jantar.

Playboy em Portugal









A Playboy portuguesa começou a circular apenas em abril de 2009 e logo logo começaram a aparecer artigos reclamando do “pouco” que mostravam – afinal, é ou não é uma revista masculina??? E eles queriam ver aquilo que realmente interessava!!!

Veja comentários em alguns blogs sobre a revista:

“Portugal continua a ser um país pudico. E é por isso que a falta de ousadia na capa do primeiro número da Playboy portuguesa não me surpreende: optaram sensatamente por uma imagem mais suave que não ofende o nosso apurado sentido do pudor”.

“As fotos são bastante sensuais e sexys, apesar de Mónica Sofia não aparecer completamente nua”.

“Rita Mendes é a capa do quarto número da Playboy Portuguesa. A ex-apresentadora fez um ensaio fotográfico bem sensual para a revista e, embora não apareça completamente despida, mostra muita coisa”.

E, ao contrário das brasileiras, são poucas as portuguesas que querem ficar nuas – esse é outro problema: dificuldade para arranjar mulheres dispostas a rechear as páginas da revista por uns trocados. Digo trocados porque o preço base são 800 euros – repito 800 euros!!!

Essa foi a quantia que ganhou uma professorinha de Mirandela em Trás os Montes (lá bem no perdido interior atrasado de Portugal), que foi afastada de suas funções de professora de música na escola primária e enviada para o arquivo municipal (com a promessa de não ser recontratada para o próximo ano letivo), depois de sair na edição de maio da revista. Ganhou até um grupo de apoio no Facebook, mas não foi perdoada.

Sim, concordo que ela tem o direito de fazer o que quiser, mas também acho que em certas profissões você tem que manter a compostura. A Xuxa, depois que começou a trabalhar com crianças na TV, tentou e tenta ainda hoje comprar os exemplares nas mãos de colecionadores de quando foi capa da Status, Ele e Ela e Playboy (tarefa impossível, pois todo o material está na internet).

Duvido que tenha chegado alguma revista Playboy lá em Mirandela – como será que a direção da escola descobriu? Algum pai “antenado” mandou vir de Lisboa e foi pedir autógrafo prá ela na porta da escola?

Bruna Real, a pelada, disse: “O que eu fiz foi apenas tirar umas fotos e não vejo por que não posso voltar a dar aulas. Eu não fiz mal a ninguém”. Ela ganhou o equivalente a um mês de salário mas, é claro, o objetivo era alavancar-se para o trinômio atriz / modelo / apresentadora!!! Na sequência da polêmica fez um outro ensaio sensual e mudou a fala: “.....sinto estar perto de concretizar o meu sonho de ser modelo fotográfico. Ao posar nua para a Playboy perdi algumas coisas, mas ganhei muitas outras. Não me arrependo de nada do que fiz.”

Acabei de ler uma notícia aqui (não sei se verdadeira) que diz que a Cléo Pires vai posar na Playboy por 450 mil euros. Quanta diferença, né?

Se tivesse uma Playboy Sênior, ou Playboy 50ona, eu também posava.

Por 450 mil euros, numa praia linda, com coqueiros, sol, águas deslumbrantes e MUITO photoshop!!

Espanha












Adoro a Espanha. É um país alegre, colorido e caliente. Ano passado estivemos duas vezes lá, em viagens de carro.

Visitamos, da primeira vez, Salamanca, Toledo, Córdoba, Sevilla, Badajoz (que é bem na fronteira com Portugal). Cidades maravilhosas – fica difícil escolher uma.

Da 2ª vez, estivemos em Torremolinos, Isla Cristina, La Antilla, Málaga, Marbella – todas cidades na costa e a maioria típicas de veraneio, com muitos hotéis e estrutura turística - fora de temporada ficam meio mortas. Fomos também a Jerez de la Frontera

(terra do jerez ou xerez) e Vejer de la Frontera, que se tivesse mar, você pensaria estar na Grécia. Uma cidade no alto da montanha, cheia de casinhas brancas e muito, muito gostosa.

A arquitetura espanhola (com grande influência moura) é muito bonita. E o povo, muito acolhedor. É claro que nem pense em atrapalhar-lhes a siesta. Abrem tarde, fecham no máximo às 15hs (almoce correndo e não bobeie, porque não fica NADA aberto) e só reabrem lá pelas 18hs.

Eu tinha um pouco de cisma com a língua, pois odiava o lance de falar “portunhol” e me incomodava as pessoas que falavam “usted pode me fazer um favor?” achando que estavam arrasando na língua. Além disso, não conseguia entender patavina do que eles falavam.

Mas, aos poucos, fui me habituando. Hoje já não me assusto mais – talvez seja pelo curso intensivo que faço aqui diariamente com o português - consigo entendê-los e, se nada der certo, solto um inglês básico e tudo se arranja.

Estivemos agora há pouco em Valencia (veja outra postagem) e já programamos Madrid para julho – depois eu conto.